Há uns dias atrás, fui surpreendida por um convite. Propunham-me a criação de um poema relacionado com o tema, para apresentação na exposição subordinada ao tema "Cartofilia e Maximafilia denominada A TERRA AO MAR SE ANUNCIA - FAROIS" que está a decorrer na Biblioteca de Rio Maior, estará patente ao público até ao próximo dia 20 de Março.
As fotos apresentadas foram-me amavelmente cedidas pelo jornal "Região de Rio Maior", e enviadas pelo senhor Carlos Manuel.
Para quem não consegue ler, fica aqui uma cópia:
Faróis
A água cortante nos fracos ossos
O esforço e a forte determinação
Livram o barco dos temíveis destroços
Mantendo-o sobre a vasta agitação.
Procurando a calma do justo abrigo
Com a angústia travada na garganta
O barco vence o temível perigo
Rasga o furor da violentada manta.
Ao longe rompendo a farta escuridão
O potente feixe branco milagroso
Suplanta ao perigo a grave exposição
Indica o doce caminho rigoroso.
Os rostos molhados virados ao céu
Num profundo e mudo agradecimento
Agradecem a luz no escuro véu
Que os protege do rude sofrimento.
O meu agradecimento pela confiança! Foi uma honra!
Mais uma vez, aqui fica o poema.
Alargam o seu manto de luz
Nas costas de cada nação
Colocam a sua mansa cruz
Ao cuidado da navegação.
Contra as infames vagas iradas
Que emergem da violência cega
Constroem veredas ajustadas
Na frondosa paisagem de guerra
Sempre nesses eternos cuidados
Na sua constante observação
Ajudam barcos já vergados
Ao peso da atroz sensação.
Suplantam os frios ventos fortes
Guiados na estranha direcção
Afastam dos rochedos as mortes
Travadas na forte protecção.
Uma foto da exposição.
O meu gentil desafiador, durante o seu discurso de abertura (ao centro).
Outros participantes:
Mais dois poetas - os últimos da direita - o poeta popular Manuel Carreira Rocha e a poetisa Eugénia Frazão.
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